domingo, 16 de outubro de 2011

Mindwalk- O Ponto de Mutação [Leg. Pt-Br]









































The Mindscape de Alan Moore



Nessun Dorma

Nessun dorma! Nessun dorma!
Tu pure, o, Principessa,
nella tua fredda stanza,
guardi le stelle
che tremano d'amore
e di speranza.
Ma il mio mistero e chiuso in me,
il nome mio nessun saprá!
No, no, sulla tua bocca lo diró
quando la luce splenderá!
Ed il mio bacio sciogliera il silenzio
che ti fa mia!
(Il nome suo nessun saprá!...
e noi dovrem, ahimé, morir!)
Dilegua, o notte!
Tramontate, stelle!
Tramontate, stelle!
All'alba vinceró!
vinceró, vinceró!

Bryan Adams & Luciano Pavarotti - 'O Sole Mio

Che bella cosa na jurnata 'e sole,
n'aria serena doppo na tempesta!
Pe' ll'aria fresca pare gia` na festa,
che bella cosa na jurnata 'e sole.
Ma n'atu sole cchiu` bello, oje ne', 'o sole mio, sta 'nfronte a te!
O sole, 'o sole mio, sta 'nfronte a te, sta 'nfronte a te!
Quanno fa notte e 'o sole se ne scenne,
me vene quase 'na malincunia.
Sotto 'a fenesta toia restarria,
quanno fa notte e 'o sole se ne scenne.
Ma n'atu sole cchiu` bello, oje ne', 'o sole mio, sta 'nfronte a te!
O sole, 'o sole mio, sta 'nfronte a te, sta 'nfronte a te!


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A OKRC


Ordem Kabbalística da Rosa-Cruz

Okrc.jpg
A Ordem Kabbalística da Rosa-Cruz (OKRC, OKR+C, Ordem Kabbalística da Rosa-Cruz ou Ordem Cabalística da Rosa-Cruz) é uma Tradição Hermética Rosa-Cruz que foi fundada em Paris, por volta de 1888. O Marquês Stanislas de Guaita foi seu primeiro Grande Mestre. Esta ordem misteriosa é uma das raras Ordens da nossa época que soube preservar os segredos dos seus rituais iniciáticos.
Os seus membros têm honrado a sua estrutura tradicional, e a séria importância da sua formação. Esta atitude de respeito tem permitido a Ordre Kabbalistique de la Rose+Croix a sobreviver sem corrupção através dos séculos até a nossa era atual. A OKRC é uma herança equilibrada que inclui aspectos das filosofias do Martinismo, da Rose+Croix, da Kabbala e do Hermetismo. É uma estrutura internacional, representando indivíduos por toda parte do mundo. A OKRC não é somente uma escola filosófica ou simbólica. Desde seu início, o seu objetivo primário tem sido de ensinar e de iniciar os Seres de Desejo: homens e mulheres que tenham um desejo ardente de progredir ao longo do caminho da Grande Obra.
O percurso nessa Ordem se inicia por uma recepção martinista, iniciando os candidatos aceitos a Superiores Incógnitos (S.˙. I.˙.). Como Saint-Martin a queria e a instituiu, ela é a abertura da porta da alma, um verdadeiro compromisso moral sem o qual toda busca iniciática será fadada ao fracasso, com cada um continuando a ser provado e arrastado pelas paixões humanas. É somente depois dessa primeira Iniciação que uma formação autêntica pode se estabelecer a respeito dos mistérios da tradição ocidental.
Isto é o que foi a Ordem e o que continua sendo ainda hoje.
"Que desperte em ti a memória da tua origem divina, a fim de que ela te guie ao caminho Sagrado do retorno!"

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Da Servidão Moderna













Versões de mim


Versões de mim
Por Luiz Fernando Veríssimo (ou não)

Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.
Ah, se apenas tivéssemos acertado aquele número, (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste…
Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz — aliás, o nome do bar é Imaginário — sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
— Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
— Por que? Sua vida não foi melhor do que a minha?
— Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei a seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia.
— Eu sei, eu sei… disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido. Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós.
Ele continuou:
— Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
— Como é que você sabe?
— Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei. Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante.
Ele chutaria para fora. Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou.
— Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio…
— E o que aconteceu? perguntamos os três em uníssono.
— Lembra aquele avião da VARIG que caiu na chegada em Paris?
— Você…
— Morri com 28 anos.
— Bem que tínhamos notado sua palidez.
— Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo…
— E ter levado o chute na cabeça…
— Foi melhor, continuou, ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado.
— Você deve estar brincando.
Disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
— Quem é você?
— Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As conseqüências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração.
Olhei em volta. Eu lotava o bar.
Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali,era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente.
Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas.
Quem é você? perguntei.
— Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
— E..?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo.
Creio que a vida não é feita das decisões que você não toma, ou as atitudes que você NÃO teve, mas sim, aquilo que foi feito!
Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado!
Hoje eu sei que eu sou a melhor versao de mim mesmo.