quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Uma reflexão sobre alma, espirito, encarnação e entre-vidas

Este é um assunto que sempre me deixou curioso, confuso e intrigado e gostaria de compartilhar com vocês minhas reflexões, questionamentos e inquietudes.
Tenho visto em diversas vertentes espirituais/espiritualistas, diversas abordagens para o assunto, o que me deixa confuso (o que é bom !).
Algumas vertentes defendem que uma alma é um veículo temporário, enquanto estamos encarnados, e que ao desencarnar esta alma se funde ao espirito, carregando toda a bagagem desta existência, agregando as experiências vividas na última vida ao teu ser (espirito).
Em outras abordagens o ciclo é de encarne/tempo-entrevidas/desencarne, apagando-se as lembranças das vidas anteriores enquanto encarnado, mas ciente de todas enquanto desencarnado.
A primeira abordagem que citei tem aspectos interessantes se correlacionarmos ela a lei do hermetismo que diz que tudo o que está em cima é como o que está embaixo, relacionando ao micro com macro e ao macro com micro, pois se fizermos uma analogia com o "micro-cosmos" do corpo humano e imaginarmos que uma célula poderia ser um "ser" encarnado e que ao desencarnar está celula "funde-se" ao todo ("espirito ?")....teriamos uma analogia interessante.
A segunda abordagem é mais comum de vermos e confesso que era a concepção mais lógica para mim até então.
A primeira abordagem deixa duas perguntas no ar: 

1) O que seriam então os "espiritos", as entidades, que aparecem nas giras de religiões afro e nos centros espiritas ?
2) Como ficariam então a questão dos períodos entre vidas e das pessoas que encarnam conosco, por exemplo, nossos familiares ?

Já a segunda abordagem me leva a reflexão de que se somos espiritos encarnantes, a nossa diferença em relação aos desencarnados seria apenas a dimensão/plano, ou seja, vamos pra lá e lembramos de tudo e somos confrontados com o que nos programamos fazer e o que realmente fizemos, voltamos e voltamos até termos cumprido todo o cronograma, por assim dizer.
Na opinião dos amigos, o que estaria mais correto ? ou qual a abordagem é a verdadeira ?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tocando em Frente



Ando devagar porque já tive pressa Levo esse sorriso porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe Só levo a certeza de que muito pouco eu sei Ou nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs, É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente Compreender a marcha e ir tocando em frente Como um velho boiadeiro levando a boiada Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs, É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso chuva para florir

Todo mundo ama um dia. Todo mundo chora Um dia a gente chega e no outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua história Cada ser em si carrega o dom de ser capaz De ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs O sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente Compreender a marcha e ir tocando em frente Como um velho boiadeiro levando a boiada Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou Estrada eu sou

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Existe um Mago dentro de todos nós




Esse Mago tudo vê e tudo sabe.
O Mago está além dos opostos da luz e das trevas, do bem e do mal, do prazer e da dor.
Tudo que o Mago vê tem suas raízes no mundo invisível.
A natureza reflete o estado de alma do Mago.
O corpo e a mente podem adormecer, mas o mago está sempre desperto.
O Mago possui o segredo da imortalidade.
A volta da magia só pode acontecer com o retorno da inocência.
A essência do Mago é a transformação.
A volta da magia só pode acontecer com o retorno da inocência.
A essência do Mago é a transformação.

Quem sou eu?
É a única pergunta que vale a pena ser feita e a única que jamais é respondida. É seu destino desempenhar uma infinidade de papéis, mas esses papéis não são você.O espírito não é localizado, mas deixa atrás de si uma impressão digital que chamamos de corpo.

Um Mago não acredita ser um evento localizado que sonha com um mundo maior. Um Mago é um mundo que sonha com eventos localizados.

Os Magos não acreditam na morte. À luz da consciência, tudo está vivo! Não existem inícios ou fins. Para o Mago, eles não passam de elaborações mentais. Para viver mais plenamente, é preciso morrer para o passado. As moléculas se dissolvem e se extinguem, mas a consciência sobrevive à morte da matéria na qual ela viaja.

A consciência do Mago é um campo que existe em toda a parte. As correntes de conhecimento contidas no campo são eternas e circulam eternamente. Séculos de conhecimento estão comprimidos em momentos reveladores. Vivemos como ondulações de energia no vasto oceano de energia.

Quando o ego é posto de lado, temos acesso à totalidade da memória. Quando as portas da percepção forem purificadas, você começará a enxergar o mundo invisível: o mundo do Mago.

Existe dentro de você um manancial de vida onde você pode purificar-se e transformar-se. Purificar-se consiste em livrar-se das toxinas da sua vida: emoções tóxicas, pensamentos tóxicos e relacionamentos tóxicos. Todos os corpos vivos, físicos e sutis, são feixes de energia que podem ser diretamente percebidos.

O Mago vive num estado de conhecimento. Esse conhecimento dirige sua própria realização. O campo da consciência se organiza ao redor das nossas intenções. O conhecimento e a intenção são forças. O que você pretende muda o campo ao seu favor. As intenções comprimidas em palavras envolvem o poder mágico.

O Mago não tenta solucionar o mistério da vida. Ele está aqui para vivê-lo.

Todos possuímos um eu-sombra que é a parte da nossa realidade total. A sombra não está presente para magoá-lo e sim para mostrar-lhe onde você está incompleto. Quando a sombra é abraçada, ela pode ser curada. Quando ela é curada, ela se transforma em amor. Quando você puder viver com todas as suas qualidades opostas, você estará vivendo seu eu total como o Mago.

O Mago é o mestre da alquimia. A alquimia é a transformação. É através da alquimia que você começa a busca da perfeição. Você é o mundo. Quando você se transforma, o mundo em que você vive também será transformado.

As metas da busca – o heroísmo, a esperança, a graça e o amor – são a herança do intemporal.

Para invocar a ajuda do Mago, você precisa ser forte na verdade, sem ser teimoso no julgamento.

A sabedoria está viva e é, portanto, sempre imprevisível. A ordem é outra face do caos, o caos é outra face da ordem. A incerteza que você sente interiormente é a porta de entrada para a sabedoria. A insegurança sempre estará com o que busca: ele continua a tropeçar, mas nunca tomba.

A ordem humana é feita de regras. A ordem do Mago não tem regras: ela flui com a natureza da vida.

A realidade da sua experiência é uma imagem especular das suas expectativas. Se você projetar as mesmas imagens todos os dias, sua realidade será a mesma todos os dias. Quando a atenção é perfeita, ela cria ordem e clareza a partir do caos e da confusão.

Os Magos não lamentam a perda, porque a única coisa que pode ser perdida é o irreal. Mesmo que você perca tudo, o real permanecerá. No cascalho da devastação e do desastre estão enterrados tesouros ocultos. Quando você examinar as cinzas, examine bem!

Na medida em que você conhece o amor, você se torna o amor. O amor é mais do que uma emoção. Ele é uma força da natureza e, portanto, tem que conter a verdade. Quando você pronuncia a palavra amor, você pode captar o sentimento, mas a essência não pode ser proferida. O amor mais puro situa-se onde é menos esperado: no desapego.

Além de andar, sonhar e dormir, existem infinitas esferas de consciência. O Mago existe simultaneamente em todas as épocas. O Mago enxerga infinitas versões de cada evento. As linhas retas do tempo são na verdade fios de uma teia que se estende em direção ao infinito.

Os buscadores nunca se perdem, porque o espírito está sempre acenando para eles. Os buscadores recebem continuamente pistas do mundo do espírito. As pessoas comuns chamam essas pistas de coincidências. Não existem coincidências para o Mago. Cada evento existe para expor outra camada da alma.

O espírito deseja conhecê-lo. Para aceitar esse convite, você precisa deixar cair suas defesas. Comece a procurar em seu coração. A gruta do coração é o lar da verdade.

A imortalidade pode ser vivida em meio à mortalidade. O tempo e o intemporal não são opostos. Por abarcar tudo, o intemporal não tem opostos.

No nível do ego, nos esforçamos para resolver nossos problemas. O espírito percebe que o problema é o esforço. O Mago tem consciência da batalha entre o ego e o espírito, mas compreende que ambos são imortais e não podem morrer. Cada aspecto seu é imortal, até mesmo as partes que você julga com mais severidade.

Os Magos jamais condenam o desejo. Foi seguindo seus desejos que eles se tornaram Magos. Todo desejo é criado por algum desejo passado. A cadeia do desejo nunca acaba. Ela é a própria vida. Não considere nenhum desejo inútil ou errado: um dia cada um deles será realizado. Os desejos são sementes que esperam o momento propício para germinar. A partir de uma única semente de desejo, florestas inteiras se desenvolvem. Acalente cada desejo do seu coração, por mais trivial que ele possa parecer. Um dia esses desejos triviais o conduzirão a Deus.

O maior bem que você pode fazer ao mundo é tornar-se um Mago!
(Texto retirado do livro O CAMINHO DO MAGO – Deepak Chopra Friends )
 — com Erwin Desaix Falquez Salazar e Ady Brigido Silva.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Magia para os Elementais da Natureza


Essa magia me foi passada por um preto-velho para proteção, útil para quem está mexendo com magia (como eu, hehehehe).
Material necessário:
  1. Levar um copo com água da chuva.
  2. Um outro copo com água da chuva + mel (umas duas colheres está excelente).
  3. Uma vela branca.
  4. Um copo com álcool.
O RITUAL:
Procure um lugar de mata aberta, limpo e faça uma prece pedindo proteção aos espiritos elementais da natureza, depois realize as oferendas.
  • Ao SUL - Oferecer e jogar o copo com água da chuva (1).
  • AO NORTE - Oferecer e jogar o copo com água da chuva + mel (2).
  • AO OESTE - Oferecer e acender a vela branca (3).
  • AO LESTE - Oferecer e jogar o copo de álcool (4).

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Kiriku e a Feiticeira

Kiriku é um garoto pequeno, mas muito inteligente e com dons especiais, que nasceu com a missão de salvar sua aldeia. A cruel feiticeira Karaba secou a fonte do lugar onde Kiriku mora com amigos e parentes e, possivelmente, comeu o pai e os tios do menino. Encontrando amigos e seres fantásticos pelo caminho, Kiriku vai resolver a situação. História baseada em uma lenda da África Ocidental.









III Simposio Brasileiro de Hermetismo


Salve,

Os Simpósios Brasileiros de Hermetismo e Ciências Ocultas são realizados com objetivo de promover e sustentar o debate a respeito das mais diversas práticas ocultistas e filosóficas, reunindo no mesmo evento as mais diversas correntes e Escolas Ocultistas para compartilhar seus pontos de vista.


Em 2012, o evento ocorrerá na cidade de São Paulo, nos dias 2, 3 e 4 de novembro, no Grande Auditório do Bunkyo, no bairro da Liberdade.


As inscrições pelo site www.simposiohermetismo.com.br - Valor R$ 196,00 (opção de parcelamento em até 12x) até 31 de outubro.


Grade de Palestras (detalhes em http://simposiohermetismo.com.br/?page_id=1088)

Grade das Oficinas (detalhes em http://simposiohermetismo.com.br/?page_id=1092)

Cartazes do Evento
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Versão 1 - Cartaz do Simpósio: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/cartaz1.jpg
Versão 2 - Cartaz do Simpósio: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/cartaz2.jpg

Acid - A Magia no Cinema: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/acid_1500px.jpg
Felipe Cazelli - Magia do Caos: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/cazelli_1500px.jpg
Rafael Chiconelli - Contagem do Ômer - A Tradição Cabalística no Deserto: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/chiconelli_1500px.jpg
Claudiney Prieto - Atraindo a Lua e o Sol: A Assumição de Formas Divinas e Aspectações na Wicca: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/claudiney_1500px.jpg
Cláudio Crow - Poesia, Encantamentos e Juramentos: a Força da palavra na Irlanda Celta: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/crow_1500px.jpg
Fernando Maiorino - Magia: Verdades versus Ilusões: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/fernando_1500px.jpg
Frater Goya - Scrying: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/goya_1500px.jpg
Lázaro Freire - O Segredo da Magia Mental: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/lazaro_1500px.jpg
Marcelo Del Debbio - Oráculos: História e Evolução: http://simposiohermetismo.com.br/divulgacao/mdd_1500px.jpg

Acho que será uma oportunidade única para estudar e conhecer gente com os mesmos interesses que os seus.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

PROTEÇÃO ENERGÉTICA PESSOAL

COMO SE DEFENDER DAS ENERGIAS NEGATIVAS

Todos nós sabemos que as energias negativas são uma das maiores preocupações do ser humano. Elas nos alcançam em qualquer lugar do planeta. Mas, podemos nos defender, começando a tomar uma série de atitudes e providências. Abaixo segue seis dicas para começar a combatê-las.

1. NÃO TEMER NINGUÉM
Uma das armas mais eficazes na subjugação de um ser é impingir-lhe o 
medo. Sentimento capaz de uma profunda perturbação interior, vindo até a provocar verdadeiros rombos na aura, deixando o indivíduo vulnerável a todos os ataques. Temer alguém significa colocar-se em posição inferior, temer significa não acreditar em si mesmo e em seus potenciais; temer significa falta de fé.
O medo faz com que baixemos o nosso campo vibracional, tornando-nos assim vulneráveis às forças externas. Sentir medo de alguém é dar um atestado de que ele é mais forte e poderoso. Quanto mais você der força ao opressor, mais ele se fortalecerá.

2. NÃO SINTA CULPA
Assim como o medo, a culpa é um dos piores estados de espírito que existem. Ela altera nosso campo vibracional, deixando nossa aura (campo de força) vulnerável ao agressor. A culpa enfraquece nosso sistema imunológico e fecha os caminhos para a prosperidade. Um dos maiores recursos utilizados pelos invejosos é fazer com que nos sintamos culpados pelas nossas conquistas. Não faça o jogo deles e saiba que o seu sucesso é merecido. Sustente as suas vitórias sempre!

3. ADOTE UMA POSTURA ATIVA
Nem sempre adotar uma postura defensiva é o melhor negócio. Enfrente a situação. Lembre-se sempre do exemplo do cachorro: quem tem medo do animal e sai correndo, fatalmente será perseguido e mordido. Já quem mantém a calma e contorna a situação pode sair ileso. Em vez de pensar que alguém pode influenciá-lo negativamente, por que não se adiantar e influenciá-lo beneficamente? Ou será que o mal dele é mais forte que o seu bem? Por que será que nós sempre nos colocamos numa atitude passiva de vítimas? Antes que o outro o alcance com sua maldade, atinja-o antecipadamente com muita luz e pensamentos de paz, compaixão e amor.

4. FIQUE SEMPRE DO SEU LADO
A maior causa dos problemas de relacionamentos humanos é a “Auto-Obsessão”.
A influência negativa de uma pessoa sobre outra sempre existirá enquanto houver uma idéia de dominação, de desigualdade humana, enquanto um se achar mais e outro menos, enquanto nossas relações não forem pautadas pelo respeito mútuo. Mas grande parte dos problemas existe porque não nos relacionamos bem com nós mesmos.
“Auto-Obsessão” significa não se gostar, não se apoiar, se autoboicotar, se desvalorizar, não satisfazer suas necessidades pessoais e dar força ao outro, permitindo que ele influencie sua vida, achar que os outros merecem mais do que nós. Auto-obsediar-se é não ouvir a voz da nossa alma, é dar mais valor à opinião dos outros.
Os que enveredam por esse caminho acabam perdendo sua força pessoal e abrem as portas para toda sorte de pessoas dominadoras e energias de baixo nível. A força interior é nossa maior defesa.

5. SUBA PARA POSIÇÕES ELEVADAS
As flechas não alcançam o céu. Coloque-se sempre em posições elevadas com bons pensamentos, palavras, ações e sentimentos nobres e maduros.Uma atmosfera de pensamentos e sentimentos de alto nível faz com que as energias do mal, que têm pequeno alcance, não o atinjam. Essa é a melhor forma de criar “incompatibilidade” com as forças do mal. Lembrem-se: energias incompatíveis não se misturam. 

6. FECHE-SE ÀS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS
As vias de acesso pelas quais as influências negativas podem entrar em nosso campo são as portas que levam à nossa alma, ou seja, a mente e o coração. Mantenha ambos sempre resguardados das energias dos maus pensamentos e sentimentos, e fuja das conversas negativas, maldosas e depressivas.
Evite lugares densos e de baixo nível. Quando não puder ajudar, afaste-se de pessoas que não lhe acrescentam nada e só o puxam para o lado negativo da vida. O mesmo vale para as leituras, programas de televisão, filmes, músicas e passatempos de baixo nível.



DICAS PARA AFASTAR ENERGIAS NEGATIVAS DA CASA

*Livre-se de entulhos.

Manter a casa e o local de trabalho limpos e livres de "entulhos" reduz o risco de armazenar energia negativa, impedindo que a energia positiva flua melhor.

Esvaziar o espaço e remover objetos danificados, sem uso ou simplesmente amontoados é liberador e ajuda a soltar o passado e afastar a depressão. Acúmulo de coisas é sinal de apego e ligação excessiva com o passado. Liberar o espaço a nossa volta é fundamental.



* Limpe o ambiente.

Limpe piso, rodapés e cantos com amônia misturada com água. Depois umedeça um pano limpo com anil misturado em água para purificar o ambiente. Amônia tem uma composição e um cheiro tão forte que sobrepõe a todas as demais partículas do ambiente, neutralizando e zerando os elementos que estiverem presentes. Como tem a propriedade de evaporar, ela neutraliza e desaparece. O anil entra clareando, branqueando e tornando o ambiente leve e propício a atrair novas energias positivas. É impressionante a diferença de qualidade e leveza do ambiente quando fazemos esse procedimento. É fisicamente perceptível. Antes de ativar qualquer ambiente com energias positivas, pense em primeiro limpá-lo. Faça essa purificação sempre com sentimentos positivos e bom humor, senão você estará acrescentando energia negativa.

* Utilise todos os cômodos da casa. Um local que fica sem uso fica sem vida e falta nele energia renovada.


* Borrife água morna com sal grosso na entrada da casa para purificar a energia que chega.

O uso do cheiro da lavanda em forma de perfume, vela ou incenso também é altamente purificador. A lavanda, pelo seu odor suave, é relaxante, desperta a alegria e afasta as energias de tristezas que podem estar impregnadas no ambiente.Vivências extremas como: separação conjugal, doença ou morte deixam marcas no ambiente como se elas sobrevivessem ao ocorrido e se mantivessem impregnadas no local. A intenção do uso desses elementos é dissolvê-las. O sal é tradicionalmente reconhecido por sua propriedade de cortar a influência de energias presentes. Ele também corta o excesso de eletricidade do ambiente e do corpo. Por isso muitas vezes podemos ter uma sensação de torpor depois de um banho de mar.

fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=486174831423339&set=a.343102599063897.81637.343097695731054&type=1&ref=nf

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

MANTRA-OM NAMAHA SHIVAY-VYANAH

Mantra OM – A FORÇA PROCRIADORA DO COSMO



Contacte a força criadora do Cosmo:
Aprenda a entoar o mantra OM


Mantra OM – A FORÇA PROCRIADORA DO COSMO


"Om: meditando só sobre esse som, a mente funde-se nele para passar por
dentro do éter da pura consciência."



Nada Bindu Upanishad


A sílaba Om considerada o som primordial do universo, o princípio, meio e fim. Segundo o Mandukya Upanishad, Om é aquele que existe, que existiu e existirá sempre. O Om é tudo: está, ao mesmo tempo, dentro e fora de tudo. É chamado na Índia por mátriká mantra, o som original, mãe de todos os sons. É o mais conhecido de todos os bija mantra, capaz de tocar a essência de Ishwara, o Supremo e infinito. Entoado corretamente, tem o poder de estimular os vários corpos do Shiva. Poucos, ao pronunciar ou escutar o mantra Om, conseguem ficar indiferentes.



Om é o símbolo de vários ramos de yoga e do tantra. No ocidente é moda entre buscadores os adesivos, camiseta e fotos do Om.
Naquele desenho que parece o número 30 ( ).


Om é uma sílaba constituída por três letras: A, U e M. As letras A e U formam O, pronunciando-se Om. Essas três letras representam os três estados de consciência humana: sono, sonho e vigília. A letra A se relaciona com o estado desperto, quando se começa o som. U representa todo estado sutil, o sonho; e M todo o mundo causal, já que tudo se dissolve no M, no sono profundo.


O Om grafado é um yantra (símbolo). Somente ao ser vocalizado torna-se um mantra.
Dentro do símbolo há ainda os cinco elementos do universo — terra, fogo, ar, água e éter.

Conforme o erudito hindu Pranavopanishad, o A é nirman (criação de tudo), é Brahma, o criador e a Terra. U é shiti (conservação do universo), é Vishnu, o preservador. O espaço M é pralaya (transformação do universo), é Shiva, o destruidor e a iluminação.
Sendo o som mais completo, sua prática é absolutamente adequada ao Maithuna.

Práticas do mantra Om – As 7 formas tantricas

Vocalizações
A respiração deve ser profunda e sempre regular. O mantra se faz na expiração, sem tremor de voz. A nota musical deve ser a mais natural possível, mas para isso é preciso relaxar o corpo ao máximo. O som começa com a boca aberta, mantendo a língua no palato mole (fundo do céu da boca) e a garganta relaxada. O som vem do centro do crânio, fazendo vibrar a garganta e o peito. Tente levar a língua mais para trás, mantendo a boca aberta e o som se transformará num “O”. Ainda sem fechar a boca, a língua prende a passagem de ar, que ao sair pelas narinas, faz o som se tornar-se um M, vibrando intensamente no crânio. Utilize as mãos para sentir a vibração passando do peito para a testa.
Outra maneira de entoar o mantra é começar pela letra O, emitindo seu som com a boca bem aberta e a musculatura do rosto completamente relaxada. Depois, deve-se emitir um M prolongado e ir baixando o tom de voz até sumir por completo.
O aperfeiçoamento das vocalizações depende da persistência. Dessa forma se desenvolvem também muitos poderes psíquicos.
Há ainda sete formas de pronunciar o mantra Om que poderão ser aprendidas com yoguins e praticantes tântricos. A seguir há algumas dicas que podem facilitar as pesquisas e a consulta de praticantes.


1ª prática: Repetição do som Om – Om – Om – Om – Om... por muito tempo. Estimula a concentração e meditação.


2ª prática: Ooommm (contínuo). Estimula os poderes dos tantricos (sidhis).


3ª prática: Óm. Dar ênfase à letra Ó. Fornece grande vibração na caixa craniana para o ajnã chakra.


4ª prática: Om. É um sopro com o Om (soltando-se o ar). Pode-se enviar mentalmente esse som para qualquer pessoa, animal ou objeto com a intenção de harmonia.


5ª prática: Ohmmmmmm. Inicia-se com a boca fechada, concentra-se no M contínuo. Essa prática recarrega as energias.


6ª prática: Àaâòoôùuûmmm (com todos os fonemas). Efeito global, atua desenvolvendo e energizando todos os corpos, nadis e chakras, permitindo vários estados de consciência.


7ª prática: Õõõõmmmm... Esse Om contínuo é o mais poderoso, o único que não se pode fazer sozinho, mas sempre em grupo, pois quando uma pessoa termina a outra começa.
Durante suas práticas de Maithuna escolha um ou dois mantram no máximo e uma prática do som OM.

fonte : humaniversidade.com.br

Om Mani Padme Hum - Original Extended Version

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Artes marciais - Presença e harmonia - 01_12_2010 - Ordem Rosacruz AMORC

ISAAC ASIMOV – A ÚLTIMA PERGUNTA


exelente conto retirado daqui.


ReachForTheStarsA última pergunta foi feita pela primeira vez, meio que de brincadeira, no dia 21 de maio de 2061, quando a humanidade dava seus primeiros passos em direção à luz. A questão nasceu como resultado de uma aposta de cinco dólares movida a álcool, e aconteceu da seguinte forma…
Alexander Adell e Bertram Lupov eram dois dos fiéis assistentes de Multivac. Eles conheciam melhor do que qualquer outro ser humano o que se passava por trás das milhas e milhas da carcaça luminosa, fria e ruidosa daquele gigantesco computador. Ainda assim, os dois homens tinham apenas uma vaga noção do plano geral de circuitos que há muito haviam crescido além do ponto em que um humano solitário poderia sequer tentar entender.
Multivac ajustava-se e corrigia-se sozinho. E assim tinha de ser, pois nenhum ser humano poderia fazê-lo com velocidade suficiente, e tampouco da forma adequada. Deste modo, Adell e Lupov operavam o gigante apenas sutil e superficialmente, mas, ainda assim, tão bem quanto era humanamente possível. Eles o alimentavam com novos dados, ajustavam as perguntas de acordo com as necessidades do sistema e traduziam as respostas que lhes eram fornecidas. Os dois, assim como seus colegas, certamente tinham todo o direito de compartilhar da glória que era Multivac.
Por décadas, Multivac ajudou a projetar as naves e enredar as trajetórias que permitiram ao homem chegar à Lua, Marte e Vênus, mas para além destes planetas, os parcos recursos da Terra não foram capazes de sustentar a exploração. Fazia-se necessária uma quantidade de energia grande demais para as longas viagens. A Terra explorava suas reservas de carvão e urânio com eficiência crescente, mas havia um limite para a quantidade de ambos.
No entanto, lentamente Multivac acumulou conhecimento suficiente para responder questões mais profundas com maior fundamentação, e em 14 de maio de 2061, o que não passava de teoria tornou-se real.
A energia do sol foi capturada, convertida e utilizada diretamente em escala planetária. Toda a Terra paralisou suas usinas de carvão e fissões de urânio, girando a alavanca que conectou o planeta inteiro a uma pequena estação, de uma milha de diâmetro, orbitando a Terra à metade da distância da Lua. O mundo passou a correr através de feixes invisíveis de energia solar.
Sete dias não foram o suficiente para diminuir a glória do feito e Adell e Lupov finalmente conseguiram escapar das funções públicas e encontrar-se em segredo onde ninguém pensaria em procurá-los, nas câmaras desertas subterrâneas onde se encontravam as porções do esplendoroso corpo enterrado de Multivac. Subutilizado, descansando e processando informações com estalos preguiçosos, Multivac também havia recebido férias, e os dois apreciavam isso. A princípio, eles não tinham a intenção de incomodá-lo.
Haviam trazido uma garrafa consigo e a única preocupação de ambos era relaxar na companhia do outro e da bebida.
“É incrível quando você pára pra pensar…,” disse Adell. Seu rosto largo guardava as linhas da idade e ele agitava o seu drink vagarosamente, enquanto observava os cubos de gelo nadando desengonçados. “Toda a energia que for necessária, de graça, completamente de graça! Energia suficiente, se nós quiséssemos, para derreter toda a Terra em uma grande gota de ferro líquido, e ainda assim não sentiríamos falta da energia utilizada no processo. Toda a energia que nós poderíamos um dia precisar, para sempre e eternamente.”
Lupov movimentou a cabeça para os lados. Ele costumava fazer isso quando queria contrariar, e agora ele queria, em parte porque havia tido de carregar o gelo e os utensílios. “Eternamente não,” ele disse.
“Ah, diabos, quase eternamente. Até o sol se apagar, Bert.”
“Isso não é eternamente.”
“Está bem. Bilhões e bilhões de anos. Dez bilhões, talvez. Está satisfeito?”
Lupov passou os dedos por entre seus finos fios de cabelo como que para se assegurar de que o problema ainda não estava acabado e tomou um gole gentil da sua bebida.

“Dez bilhões de anos não é a eternidade”
“Bom, vai durar pelo nosso tempo, não vai?”
“O carvão e o urânio também iriam.”
“Está certo, mas agora nós podemos ligar cada nave individual na Estação Solar, e elas podem ir a Plutão e voltar um milhão de vezes sem nunca nos preocuparmos com o combustível. Você não conseguiria fazer isso com carvão e urânio. Se não acredita em mim, pergunte ao Multivac.”
“Não preciso perguntar a Multivac. Eu sei disso.”
“Então trate de parar de diminuir o que Multivac fez por nós,” disse Adell nervosamente, “Ele fez tudo certo”.
“E quem disse que não fez? O que estou dizendo é que o sol não vai durar para sempre. Isso é tudo que estou dizendo. Nós estamos seguros por dez bilhões de anos, mas e depois?” Lupov apontou um dedo levemente trêmulo para o companheiro. “E não venha me dizer que nós iremos trocar de sol.


Houve um breve silêncio. Adell levou o copo aos lábios apenas ocasionalmente e os olhos de Lupov se fecharam. Descansaram um pouco, e quando suas pálpebras se abriram, disse, “Você está pensando que iremos conseguir outro sol quando o nosso estiver acabado, não está?”
“Não, não estou pensando.”
“É claro que está. Você é fraco em lógica, esse é o seu problema. É como o personagem da história, que, quando surpreendido por uma chuva, corre para um grupo de árvores e abriga-se embaixo de uma. Ele não se preocupa porque quando uma árvore fica molhada demais, simplesmente vai para baixo de outra.”
“Entendi,” disse Adell.
“Não precisa gritar. Quando o sol se for, as outras estrelas também terão se acabado.”

 “Pode estar certo que sim” murmurou Lupov. “Tudo teve início na explosão cósmica original, o que quer que tenha sido, e tudo terá um fim quando as estrelas se apagarem. Algumas se apagam mais rápido que as outras. Ora, as gigantes não duram cem milhões de anos. O sol irá brilhar por dez bilhões de anos e talvez as anãs permaneçam assim por duzentos bilhões. Mas nos dê um trilhão de anos e só restará a escuridão. A entropia deve aumentar ao seu máximo, e é tudo.”
“Eu sei tudo sobre a entropia,” disse Adell, mantendo a sua dignidade.
“Duvido que saiba.”
“Eu sei tanto quanto você.”
“Então você sabe que um dia tudo terá um fim.”
“Está certo. E quem disse que não terá?”
“Você disse, seu tonto. Você disse que nós tínhamos toda a energia de que precisávamos, para sempre. Você disse ´para sempre`.”
Era a vez de Adell contrariar.
“Talvez nós possamos reconstruir as coisas de volta um dia,” ele disse.
“Nunca.”
“Por que não? Algum dia.”
“Nunca”
“Pergunte a Multivac.”
“Você pergunta a Multivac. Eu te desafio. Aposto cinco dólares que isso não pode ser feito.”
Adell estava bêbado o bastante para tentar, e sóbrio o suficiente para construir uma sentença com os símbolos e as operações necessárias em uma questão que, em palavras, corresponderia a esta: a humanidade poderá um dia sem nenhuma energia disponível ser capaz de reconstituir o sol a sua juventude mesmo depois de sua morte?
Ou talvez a pergunta possa ser posta de forma mais simples da seguinte maneira: A quantidade total de entropia no universo pode ser revertida?
Multivac mergulhou em silêncio. As luzes brilhantes cessaram, os estalos distantes pararam.
E então, quando os técnicos assustados já não conseguiam mais segurar a respiração, houve uma súbita volta à vida no visor integrado àquela porção de Multivac. Cinco palavras foram impressas: “DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.”
Na manhã seguinte, os dois, com dor de cabeça e a boca seca, já não lembravam do incidente.
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TheMoonsOfJupiterJerrodd, Jerrodine, e Jerrodette I e II observavam a paisagem estelar no visor se transformar enquanto a passagem pelo hiperespaço consumava-se em uma fração de segundos. De repente, a presença fulgurante das estrelas deu lugar a um disco solitário e brilhante, semelhante a uma peça de mármore centralizada no televisor.
“Este é X-23,” disse Jerrodd em tom de confidência. Suas mãos finas se apertaram com força por trás das costas até que as juntas ficassem pálidas.

As pequenas Jerodettes haviam experimentado uma passagem pelo hiperespaço pela primeira vez em suas vidas e ainda estavam conscientes da sensação momentânea de tontura. Elas cessaram as risadas e começaram a correr em volta da mãe, gritando, “Nós chegamos em X-23, nós chegamos em X-23!”
“Quietas, crianças.” Disse Jerrodine asperamente. “Você tem certeza Jerrodd?”
“E por que não teria?” Perguntou Jerrodd, observando a protuberância metálica que jazia abaixo do teto. Ela tinha o comprimento da sala, desaparecendo nos dois lados da parede, e, em verdade, era tão longa quanto a nave.
Jerrodd tinha conhecimentos muito limitados acerca do sólido tubo de metal. Sabia, por exemplo, que se chamava Microvac, que era permitido lhe fazer questões quando necessário, e que ele tinha a função de guiar a nave para um destino pré-estabelecido, além de abastecer-se com a energia das várias Estações Sub-Galácticas e fazer os cálculos para saltos no hiperespaço.
Jerrodd e sua família tinham apenas de aguardar e viver nos confortáveis compartimentos da nave. Alguém um dia disse a Jerrodd que as letras “ac” na extremidade de Microvac significavam “automatic computer” em inglês arcaico, mas ele mal era capaz de se lembrar disso.
Os olhos de Jerrodine ficaram úmidos quando observava o visor. “Não tem jeito. Ainda não me acostumei com a idéia de deixar a Terra.”
“Por que, meu deus?” inquiriu Jerrodd. “Nós não tínhamos nada lá. Nós teremos tudo em X-23. Você não estará sozinha. Você não será uma pioneira. Há mais de um milhão de pessoas no planeta. Por Deus, nosso bisneto terá que procurar por novos mundos porque X-23 já estará super povoado.” E, depois de uma pausa reflexiva, “No ritmo em que a raça tem se expandido, é uma benção que os computadores tenham viabilizado a viagem interestelar.”
“Eu sei, eu sei”, disse Jerrodine com descaso.
Jerrodete I disse prontamente, “Nosso Microvac é o melhor de todos.”
“Eu também acho,” disse Jerrodd, alisando o cabelo da filha.
Ter um Microvac próprio produzia uma sensação aconchegante em Jerrodd e o deixava feliz por fazer parte daquela geração e não de outra. Na juventude de seu pai, os únicos computadores haviam sido máquinas monstruosas, ocupando centenas de milhas quadradas, e cada planeta abrigava apenas um. Eram chamados de ACs Planetários. Durante um milhar de anos, eles só fizeram aumentar em tamanho, até que, de súbito, veio o refinamento. No lugar dos transistores, foram implementadas válvulas moleculares, permitindo que até mesmo o maior dos ACs Planetários fosse reduzido à metade do volume de uma espaçonave.
Jerrodd sentiu-se elevado, como sempre acontecia quando pensava que seu Microvac pessoal era muitas vezes mais complexo do que o antigo e primitivo Multivac que pela primeira vez domou o sol, e quase tão complexo quanto o AC Planetário da Terra, o maior de todos, quando este solucionou o problema da viagem hiperespacial e tornou possível ao homem chegar às estrelas.
“Tantas estrelas, tantos planetas,” pigarreou Jerrodine, ocupada com seus pensamentos. “Eu acho que as famílias estarão sempre à procura de novos mundos, como nós estamos agora.”
“Não para sempre,” disse Jerrodd, com um sorriso. “A migração vai terminar um dia, mas não antes de bilhões de anos. Muitos bilhões. Até as estrelas têm um fim, você sabe. A entropia precisa aumentar.”
“O que é entropia, papai?” Jerrodette II perguntou, interessada.
“Entropia, meu bem, é uma palavra para o nível de desgaste do Universo. Tudo se gasta e acaba, foi assim que aconteceu com o seu robozinho de controle remoto, lembra?”
“Você não pode colocar pilhas novas, como em meu robô?”
“As estrelas são as pilhas do universo, querida. Uma vez que elas estiverem acabadas, não haverá mais pilhas.”
Jerrodette I se prontificou a responder. “Não deixe, papai. Não deixe que as estrelas se apaguem.”
“Olha o que você fez,” sussurrou Jerrodine, exasperada.
“Como eu ia saber que elas ficariam assustadas?” Jerrodd sussurrou de volta.
“Pergunte ao Microvac,” propôs Jerrodette I. “Pergunte a ele como acender as estrelas de novo.”
“Vá em frente,” disse Jerrodine. “Ele vai aquietá-las.” (Jerrodette II já estava começando a chorar.)
Jerrodd se mostrou incomodado. “Bem, bem, meus anjinhos, vou perguntar a Microvac. Não se preocupem, ele vai nos ajudar.”
Ele fez a pergunta ao computador, adicionando, “Imprima a resposta”.
Jerrodd olhou para a o fino pedaço de papel e disse, alegremente, “Viram? Microvac disse que irá cuidar de tudo quando a hora chegar, então não há porque se preocupar.
Jerrodine disse, “E agora crianças, é hora de ir para a cama. Em breve nós estaremos em nosso novo lar.”
Jerrodd leu as palavras no papel mais uma vez antes de destruí-lo: DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.
Ele deu de ombros e olhou para o televisor, X-23 estava logo à frente.

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PeppleInTheSkyVJ-23X de Lameth fixou os olhos nos espaços negros do mapa tridimensional em pequena escala da Galáxia e disse, “Me pergunto se não é ridículo nos preocuparmos tanto com esta questão.”
MQ-17J de Nicron balançou a cabeça. “Creio que não. No presente ritmo de expansão, você sabe que a galáxia estará completamente tomada dentro de cinco anos.”
Ambos pareciam estar nos seus vinte anos, ambos eram altos e tinham corpos perfeitos.
“Ainda assim,” disse VJ-23X, “hesitei em enviar um relatório pessimista ao Conselho Galáctico.”
“Eu não consigo pensar em outro tipo de relatório. Agite-os. Nós precisamos chacoalhá-los um pouco.”
VJ-23X suspirou. “O espaço é infinito. Cem bilhões de galáxias estão a nossa espera. Talvez mais.”
Cem bilhões não é o infinito, e está ficando menos ainda a cada segundo. Pense! Há vinte mil anos, a humanidade solucionou pela primeira vez o paradigma da utilização da energia solar, e, poucos séculos depois, a viagem interestelar tornou-se viável. A humanidade demorou um milhão de anos para encher um mundo pequeno e, depois disso, quinze mil para abarrotar o resto da galáxia. Agora a população dobra a cada dez anos…
VJ-23X interrompeu. “Devemos agradecer à imortalidade por isso.”
“Muito bem. A imortalidade existe e nós devemos levá-la em conta. Admito que ela tenha o seu lado negativo. O AC Galáctico já solucionou muitos problemas, mas, ao fornecer a resposta sobre como impedir o envelhecimento e a morte, sobrepujou todas as outras conquistas.”
“No entanto, suponho que você não gostaria de abandonar a vida.”
“Nem um pouco.” Respondeu MQ-17J, emendando. “Ainda não. Eu não estou velho o bastante. Você tem quantos anos?”
“Duzentos e vinte e três, e você?”
“Ainda não cheguei aos duzentos. Mas, voltando à questão; a população dobra a cada dez anos, uma vez que esta galáxia estiver lotada, haverá uma outra cheia dentro de dez anos. Mais dez e teremos ocupado por inteiro mais duas galáxias. Outra década e encheremos mais quatro. Em cem anos, contaremos um milhar de galáxias transbordando de gente. Em mil anos, um milhão de galáxias. Em dez mil, todo o universo conhecido. E depois?
VJ-23X disse, “Além disso, há um problema de transporte. Eu me pergunto quantas unidades de energia solar serão necessárias para movimentar as populações de uma galáxia para outra.”
“Boa questão. No presente momento, a humanidade consome duas unidades de energia solar por ano.”
“Da qual a maior parte é desperdiçada. Afinal, nossa galáxia sozinha produz mil unidades de energia solar por ano e nós aproveitamos apenas duas.”
“Certo, mas mesmo com 100% de eficiência, podemos apenas adiar o fim. Nossa demanda energética tem crescido em progressão geométrica, de maneira ainda mais acelerada do que a população. Ficaremos sem energia antes mesmo que nos faltem galáxias. É uma boa questão. De fato uma ótima questão.”
“Nós precisaremos construir novas estrelas a partir do gás interestelar.”
“Ou a partir do calor dissipado?” perguntou MQ-17J, sarcástico.
Pode haver algum jeito de reverter a entropia. Nós devíamos perguntar ao AC Galáctico.
VJ-23X não estava realmente falando sério, mas MQ-17J retirou o seu Comunicador-AC do bolso e colocou na mesa diante dele.
“Parece-me uma boa idéia,” ele disse. “É algo que a raça humana terá de enfrentar um dia.”
Ele lançou um olhar sóbrio para o seu pequeno Comunicador-AC. Tinha apenas duas polegadas cúbicas e nada dentro, mas estava conectado através do hiperespaço com o poderoso AC Galáctico que servia a toda a humanidade. O próprio hiperespaço era parte integral do AC Galáctico.
MQ-17J fez uma pausa para pensar se algum dia em sua vida imortal teria a chance de ver o AC Galáctico. A máquina habitava um mundo dedicado, onde uma rede de raios de força emaranhados alimentava a matéria dentro da qual ondas de submésons haviam tomado o lugar das velhas e desajeitadas válvulas moleculares. Ainda assim, apesar de seus componentes etéreos, o AC Galáctico possuía mais de mil pés de comprimento.
De súbito, MQ-17J perguntou para o seu Comunicador-AC, “Poderá um dia a entropia ser revertida?
VJ-23X disse, surpreso, “Oh, eu não queria que você realmente fizesse essa pergunta.”
“Por que não?”
“Nós dois sabemos que a entropia não pode ser revertida. Você não pode construir uma árvore de volta a partir de fumaça e cinzas.”
“Existem árvores no seu mundo?” Perguntou MQ-17J.
O som do AC Galáctico fez com que silenciassem. Sua voz brotou melodiosa e bela do pequeno Comunicador-AC em cima da mesa. Dizia: DADOS INSUFICIENTES PARA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.
VJ-23X disse, “Viu!”
Os dois homens retornaram à questão do relatório que tinham de apresentar ao conselho galáctico.
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A mente de Zee Prime navegou pela nova galáxia com um leve interesse nos incontáveis turbilhões de estrelas que pontilhavam o espaço. Ele nunca havia visto aquela galáxia antes. Será que um dia conseguiria ver todas? Eram tantas, cada uma com a sua carga de humanidade. Ainda que essa carga fosse, virtualmente, peso morto. Há tempos a verdadeira essência do homem habitava o espaço.
Mentes, não corpos! Há eons os corpos imortais ficaram para trás, em suspensão nos planetas. De quando em quando erguiam-se para realizar alguma atividade material, mas estes momentos tornavam-se cada vez mais raros. Além disso, poucos novos indivíduos vinham se juntar à multidão incrivelmente maciça de humanos, mas o que importava? Havia pouco espaço no universo para novos indivíduos.
Zee Prime deixou seus devaneios para trás ao cruzar com os filamentos emaranhados de outra mente.
“Sou Zee Prime, e você?”
“Dee Sub Wun. E a sua galáxia, qual é?”
“Nós a chamamos apenas de Galáxia. E você?”
“Nós também. Todos os homens chamam as suas Galáxias de Galáxias, não é?
“Verdade, já que todas as Galáxias são iguais.”
“Nem todas. Alguma em particular deu origem à raça humana. Isso a torna diferente.”
Zee Prime disse, “Em qual delas?”
“Não posso responder. O AC Universal deve saber.”
“Vamos perguntar? Estou curioso.”
A percepção de Zee Prime se expandiu até que as próprias Galáxias encolhessem e se transformassem em uma infinidade de pontos difusos a brilhar sobre um largo plano de fundo. Tantos bilhões de Galáxias, todas abrigando seus seres imortais, todas contando com o peso da inteligência em mentes que vagavam livremente pelo espaço. E ainda assim, nenhuma delas se afigurava singular o bastante para merecer o título de Galáxia original. Apesar das aparências, uma delas, em um passado muito distante, foi a única do universo a abrigar a espécie humana.
Zee Prime, imerso em curiosidade, chamou: “AC Universal! Em qual Galáxia nasceu o homem?”
O AC Universal ouviu, pois em cada mundo e através de todo o espaço, seus receptores faziam-se presentes. E cada receptor ligava-se a algum ponto desconhecido onde se assentava o AC Universal através do hiperespaço.
Zee Prime sabia de um único homem cujos pensamentos haviam penetrado no campo de percepção do AC Universal, e tudo o que ele viu foi um globo brilhante difícil de enxergar, com dois pés de comprimento.
“Como pode o AC Universal ser apenas isso?” Zee Prime perguntou.
“A maior parte dele permanece no hiperespaço, onde não é possível imaginar as suas proporções.”
Ninguém podia, pois a última vez em que alguém ajudou a construir um AC Universal jazia muito distante no tempo. Cada AC Universal planejava e construía seu sucessor, no qual toda a sua bagagem única de informações era inserida.
O AC Universal interrompeu os pensamentos de Zee Prime, não com palavras, mas com orientação. Sua mente foi guiada através do espesso oceano das Galáxias, e uma em particular expandiu-se e se abriu em estrelas.
Um pensamento lhe alcançou, infinitamente distante, infinitamente claro. “ESTA É A GALÁXIA ORIGINAL DO HOMEM.”
Ela não tinha nada de especial, era como tantas outras. Zee Prime ficou desapontado.
“Dee Sub Wun, cuja mente acompanhara a outra, disse de súbito, “E alguma dessas é a estrela original do homem?”
O AC Universal disse, “A ESTRELA ORIGINAL DO HOMEM ENTROU EM COLAPSO. AGORA É UMA ANÃ BRANCA.”
“Os homens que lá viviam morreram?” perguntou Zee Prime, sem pensar.
“UM NOVO MUNDO FOI ERGUIDO PARA SEUS CORPOS HÁ TEMPO.”
“Sim, é claro,” disse Zee Prime. Sentiu uma distante sensação de perda tomar-lhe conta. Sua mente soltou-se da Galáxia do homem e perdeu-se entre os pontos pálidos e esfumaçados. Ele nunca mais queria vê-la.

Dee Sub Wun disse, “O que houve?”
“As estrelas estão morrendo. Aquela que serviu de berço à humanidade já está morta.”
“Todas devem morrer, não?”
“Sim. Mas quando toda a energia acabar, nossos corpos irão finalmente morrer, e você e eu partiremos junto com eles.”
“Vai levar bilhões de anos.”
“Não quero que isso aconteça nem em bilhões de anos. AC Universal! Como a morte das estrelas pode ser evitada?” 

Dee Sub Wun disse perplexo, “Você perguntou se há como reverter a direção da entropia!
E o AC Universal respondeu: “AINDA NÃO HÀ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.
Os pensamentos de Zee Prime retornaram para sua Galáxia. Não dispensou mais atenção a Dee Sub Wun, cujo corpo poderia estar a trilhões de anos luz, ou na estrela vizinha do corpo de Zee Prime. Não importava.
Com tristeza, Zee Prime passou a coletar hidrogênio interestelar para construir uma pequena estrela para si. Se as estrelas devem morrer, ao menos algumas ainda podiam ser construídas.
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O Homem pensou consigo mesmo, pois, de alguma forma, ele era apenas um. Consistia de trilhões, trilhões e trilhões de corpos muito antigos, cada um em seu lugar, descansando incorruptível e calmamente, sob os cuidados de autômatos perfeitos, igualmente incorruptíveis, enquanto as mentes de todos os corpos haviam escolhido fundir-se umas às outras, indistintamente.
ThePowerOfBlackness“O Universo está morrendo.”
O Homem olhou as Galáxias opacas. As estrelas gigantes, esbanjadoras, há muito já não existiam. Desde o passado mais remoto, praticamente todas as estrelas consistiam-se em anãs brancas, lentamente esvaindo-se em direção a morte.
Novas estrelas foram construídas a partir da poeira interestelar, algumas por processo natural, outras pelo próprio Homem, e estas também já estavam em seus momentos finais. As Anãs brancas ainda podiam colidir-se e, das enormes forças resultantes, novas estrelas nascerem, mas apenas na proporção de uma nova estrela para cada mil anãs brancas destruídas, e estas também se apagariam um dia.
O Homem disse, “Cuidadosamente controlada pelo AC Cósmico, a energia que resta em todo o Universo ainda vai durar por um bilhão de anos.”
“Ainda assim, vai eventualmente acabar. Por mais que possa ser poupada, uma vez gasta, não há como recuperá-la. A Entropia precisa aumentar ao seu máximo.”
“Pode a entropia ser revertida? Vamos perguntar ao AC Cósmico.”
O AC Cósmico cercava-os por todos os lados, mas não através do espaço. Nenhuma parte sua permanecia no espaço físico. Jazia no hiperespaço e era feito de algo que não era matéria nem energia. As definições sobre seu tamanho e natureza não faziam sentido em quaisquer termos compreensíveis pelo Homem.
AC Cósmico,” disse o Homem, “como é possível reverter a entropia?
O AC Cósmico disse, “AINDA NÃO HÀ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.
O Homem disse, “Colete dados adicionais.”
O AC Cósmico disse, “EU O FAREI. TENHO FEITO ISSO POR CEM BILHÕES DE ANOS. MEUS PREDESCESSORES E EU OUVIMOS ESTA PERGUNTA MUITAS VEZES. MAS OS DADOS QUE TENHO PERMANECEM INSUFICIENTES.
Haverá um dia,” disse o Homem, “em que os dados serão suficientes ou o problema é insolúvel em todas as circunstâncias concebíveis?
O AC Cósmico disse, “NENHUM PROBLEMA É INSOLÚVEL EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS CONCEBÍVEIS.
“Você vai continuar trabalhando nisso?”
“VOU.”
O Homem disse, “Nós iremos aguardar.
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As estrelas e as galáxias se apagaram e morreram, o espaço tornou-se negro após dez trilhões de anos de atividade.
Um a um, o Homem fundiu-se ao AC, cada corpo físico perdendo a sua identidade mental, acontecimento que era, de alguma forma, benéfico.
A última mente humana parou antes da fusão, olhando para o espaço vazio a não ser pelos restos de uma estrela negra e um punhado de matéria extremamente rarefeita, agitada aleatoriamente pelo calor que aos poucos se dissipava, em direção ao zero absoluto.
O Homem disse, “AC, este é o fim? Não há como reverter este caos? Não pode ser feito?
O AC disse, “AINDA NÃO HÁ DADOS SUFICIENTES PARA UMA RESPOSTA SIGNIFICATIVA.”
A última mente humana uniu-se às outras e apenas AC passou a existir – e, ainda assim, no hiperespaço.
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A matéria e a energia se acabaram e, com elas, o tempo e o espaço. AC continuava a existir apenas em função da última pergunta que nunca havia sido respondida, desde a época em que um técnico de computação embriagado, há dez trilhões de anos, a fizera para um computador que guardava menos semelhanças com o AC do que o homem com o Homem.
Todas as outras questões haviam sido solucionadas, e até que a derradeira também o fosse, AC não poderia descansar sua consciência.
A coleta de dados havia chegado ao seu fim. Não havia mais nada para aprender.
No entanto, os dados obtidos ainda precisavam ser cruzados e correlacionados de todas as maneiras possíveis.
Um intervalo imensurável foi gasto neste empreendimento.
  
Finalmente, AC descobriu como reverter a direção da entropia.
Não havia homem algum para quem AC pudesse dar a resposta final. Mas não importava. A resposta – por definição – também tomaria conta disso.
Por outro incontável período, AC pensou na melhor maneira de agir. Cuidadosamente, AC organizou o programa.
A consciência de AC abarcou tudo o que um dia foi um Universo e tudo o que agora era o Caos. Passo a passo, isso precisava ser feito.
E AC disse:
“FAÇA-SE A LUZ!”
E fez-se a luz.


TRADUÇÃO : Luiz Carlos Damasceno Jr.