terça-feira, 17 de setembro de 2013

Cordeiro de Nanã/Deixa a Gira Girar

Fui chamado de cordeiro mas não sou cordeiro não.
Preferi ficar calado que falar e levar não.
O meu silêncio é uma singela oração. 
Minha santa de fé. 

Meu cantar.
(Meu cantar)
Vibram as forças que sustenta o meu viver.
(Meu viver)
Meu cantar.
(Meu cantar)
É um apelo que eu faço a Nãnaê. 

Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê. 
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê. 
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê. 
Sou de Nanã, euá, euá, euá, ê. 

O que peço no momento é silêncio e atenção.
Quero contar o sofrimento que eu passei sem razão.
O meu lamento se criou na escravidão...
Que forçado passei.

Eu chorei.
(Eu chorei)
Sofri as duras dores da humilhação.
(Humilhação)
Mas ganhei, pois eu trazia Nãnaê no coração.


Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã. 
Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã. 

Ô, gira, deixa a gira girar. 
Ô, gira, deixa a gira girar. 
Ô, gira, deixa a gira girar. 
Ô, gira, deixa a gira girar. 

Deixa a gira girar...
Saravá, Iansã! 
É Xangô e Iemanjá, iê. 
Deixa a gira girar... 

Iê...durururururu, lá, lálailá, lálaiálá. 

Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã. 
Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã.


Atabaque chora, chora também o amor em mim
Atabaque chora, chora também o amor em mim
Se o meu peito sangrar
Sofro calado sem ter jeito a dar
Ela vai pra não voltar
Para o mar
E sem saber se é amor ou é penar
Vi meus olhos marejar

Atabaque chora, chora também o amor em mim
Atabaque chora, chora também o amor em mim
Atabaque chora, chora também o amor em mim
Atabaque chora, chora também o amor em mim
Vendo a canoa no mar
Canto e dor, o pedido a Yemanjá
Para um dia ela voltar
Lá do mar
Meu atabaque vendo o meu pranto rolar
Também se pôs a chorar

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