sábado, 23 de abril de 2016

Chesed shebe Chesed



Todos nós temos capacidade de amar ?


Pode paracer uma pergunta simples e superficial, mas ela esconde um mistério universal.
Já tivemos grandes mestres aqui nos deixando esse ensinamento, essa chave universal que representa o grande arcano, a grande sabedoria.

Todos, sem excessão, somos capazes de sentir no íntimo de nosso coração o amor (ou o que achamos que ele seja), seja por um filho/filha, uma mãe, um pai, um irmão, um animalzinho de estimação, seja por uma flor, por um lugar, por uma lembrança ou simplesmente um amor por si próprio. Mas a pergunta que vem é: - Esse é o verdadeiro amor ?

Vou compartilhar com vocês uma experiência que independe de crença ou não na religião que pratico, pois essa experiência poderia muito bem ter sido induzida pscicológicamente e anímacamente por mim mesmo, mas os meios aqui não são o aspecto mais importante, na verdade a experiência em si para mim foi por demais transformadora, vamos ao ocorrido.

Em uma gira (ritual de Umbanda) eu tive a honra, o privilégio... de receber mediúnicamente a energia de uma mãe, uma Iemanjá ou uma Oxum.

Aquela experiência marcou tanto minha vida, pois eu nunca tinha sentido com tanta intensidade uma pontinha desse sentimento chamado amor.

Nos arquétipos universais, mães como Virgem Maria, Iemanjá, Isis, Diana e por ai vai, representam o aspecto da geração, do amor, da compreensão e foi esse turbilhão de energias que tive ancorado no meu corpo, pois por alguns minutos pude sentir e amar à tudo e à todos. Um sentimento que realmente é complicado de explicar em palavras, pois chorei, amei, fiquei em paz, senti meu coração não caber no peito e mesmo sendo um sentimento tão forte, não fiquei eufórico, fiquei calmo, sereno e em equilíbrio, algo que jamais havia experimentado em toda a minha vida.

Confesso que a experiência ocorreu sem que eu esperasse, sem nenhuma expectativa e muito menos eu tinha pré-concepções do que poderia acontecer.

Demorei semanas, refletindo e meditando para tentar compreender aquela energia, aquelas sensações físicas, aquele calor no meio do peito que me fez sentir-se mãe de todos e de tudo, que me fez compreender que existem hierarquias que nós, nesse excesso de amor próprio, não conseguimos perceber ainda, quiçá compreender.

Naquela fagulha de um sentimento que só consegui descrever como amor absoluto pude vislumbrar e compreender o quanto ainda somos imaturos em relação ao amor, pois se todos sentissem aquilo que por minutos senti, não teríamos mais guerras, não teríamos mais brigas, não teríamos mais fome, não teríamos mais conflitos.

O amor que sentimos ainda é um sombra pálida do que é o verdadeiro amor, que nem dentro de nosso maior devaneio cósmico conseguimos conceber. E por falar em devaneios....nos meus devaneios cotidianos às vezes me paro para pensar que se tudo tem vida mesmo, se o Sol por exemplo é um ser vivo....que sacríficio de amor este mesmo não está fazendo por todo os seres vivos de seu sistema não é mesmo ? pois a cada dia que passa ele brilha e consome seu combustível, se sacrificando, para dar a vida para cada ser vivo neste e nos outros planetas que ainda não sabemos se é ou não habitado, e nós em nosso egoímos nem ao menos paramos por agradecer, aliás, gratidão, palavra para um próximo texto.

Na meditação do Ômer de hoje, que levou a escrita deste texto, é solicitado que possamos refletir nos aspectos do amor sobre o amor e como exercemos esse sentimento no nosso dia-a-dia. O que consigo compreender é que muito temos a aprender e que as palavras do mestre cabeludo nunca se fizeram tão necessárias quanto antes, pois apenas aprendendo a amar a si mesmo com honestidade e bondade é que poderemos amar o próximo.

Um ser na plenitude do amor torna-se uno com tudo que existe e compreende que apesar de diferentes, somos mais parecidos do que possamos imaginar, pois afinal, somos filhos da mesma mãe terra, amados pelo mesmo pai Sol e irmãos que ainda não aprenderam a dar as mãos.

Mais um dia chegamos lá !.

Bondade em Bondade.


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