quinta-feira, 28 de abril de 2016

Yesod shebe Chesed


Ontem falamos sobre orgulho, humildade, perdão e reconciliação, sentimentos complexos de se lidar e sublimar, tanto é que o desafio de hoje que envolvia a reconciliação com um ente querido foi uma verdadeira batalha interna. Pedir perdão é um ato sublime que advém da sublimação do orgulho em humildade e que requer, como dito ontem...muita coragem !.

Confesso: - Quase fraquejei !, mas nada que uma prece sincera que acalenta e acalma nossos corações não consiga nos ajudar, aliás você tem o costume de orar ?
Mas voltando ao tema de hoje que envolve compromisso e bondade penso que talvez o maior compromisso que possamos assumir ao lado de uma pessoa é abraçar a herculana tarefa de criar um filho.
Muitos são os casais hoje em dia em que esta tarefa está totalmenete nos ombros da mãe (e olha que dizem que as meninas são o sexo frágil hein !) pois muitos são os maridos que se anulam totalmente da responsabilidade de criar um filho, achando que só porque trabalham já fazem demais, que pensamento mais retrógado e atrasado, me desculpem os conservadores, mas largar toda a responsabilidade nas costas de outra pessoa é no mínimo um ato de covardia. Capazes todos são, muitas vezes o que falta é uma coisa muito simples: - Boa Vontade.
Coincidentemente hoje presenciei a cena de uma pessoa que cria o seu filho sozinha e que pelos infortúnios da vida (o filho estava sendo suspenso na escola) estava entre lágrimas sentindo que o fardo era pesado demais, como se expressasse em todos os seus poros que ela precisava de um parceiro para dividir essa tarefa que todo pai e toda mãe sabe que não é fácil.
Na visão espiritualista que comungo é dito que o compromisso de ajudar na criação de um filho é assumido e programado bem antes dele nascer e que todos estão de comum acordo com o fato, inclusive cientes das provas, desafios e arestas emocionais que terão que sanar, talvez por isso, muitas vezes mesmo com o coração doendo uma mãe, um pai, consiga perdoar, consiga reprender pois este compromisso exige muita disciplina, muita responsabilidade e muita dedicação.
Assumir este compromisso de criar um irmão (pois aos olhos de deus todos somos irmãos, fagulhas divinas, deuses, anjos em processo de formação e descoberta) este compromisso...seja um grande ato de desapego de si mesmo, pois lembro-me como se fosse hoje que ao nascer de meu filho me fez chorar de emoção ao perceber que também podemos criar e que de agora em diante meu ser, minha alma e meu coração estaria divido entre o meu eu e aquela divina criatura e que mesmo que na minha velhice ele venha me jogar num asilo, mesmo que o fim seja esse...terá tudo valido muito a pena pois tive o privilégio de amar outra pessoa além de mim mesmo !.
Compromisso na bondade.

Um comentário :

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